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Aprovados em universidades públicas dão dicas de como estudar sozinho para o vestibular

Sites especializados, apostilas e videoaulas atrelados a muita disciplina, foco e dedicação são a chave do sucesso para estudantes

Por Ana Lourenço
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h54 - Publicado em 2 fev 2016, 17h32

Seja por falta de dinheiro ou de tempo, muitos estudantes estão abrindo mão dos cursinhos pré-vestibulares durante a preparação para os exames. Mas isso não quer dizer que eles estão se preparando menos que os demais. Com bastante disciplina e métodos alternativos de estudos, como videoaulas, sites sobre vestibulares e materiais paradidáticos, esses estudantes têm garantido bons resultados.

Rone Wulff, aprovado em História na USP (foto: arquivo pessoal)

É o caso de Rone Wulff Araújo, aprovado em quarto lugar no curso de História da Universidade de São Paulo (USP), pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e dono de uma nota 960 na redação, e Nathalia Nascimento, que passou em oitavo lugar em Farmácia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também pelo Sisu. Os agora calouros são egressos de escolas públicas e montaram as próprias rotinas de estudo, intercalando as aulas do ensino médio com videoaulas, livros e os resumos e exercícios encontrados em apostilas.

E os números apontam que eles não estão sozinhos: no vestibular 2014 da Fuvest, que seleciona estudantes para a Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, quase 40% dos aprovados não fez cursinho – um total de 4.259 estudantes entre 11.111 aprovados. Além disso, 32% dos ingressantes eram oriundos de escola pública. Se antes parecia quase impossível passar em uma universidade concorrida sem o apoio do pré-vestibular, hoje esse cenário vem sendo gradualmente substituído por um mais inclusivo.

Isso não significa que o ensino público tenha crescido em qualidade, mas sim que os estudantes têm à disposição mais opções para complementar o estudo em casa. Segundo Rone, aprovado também com bolsa mérito em Direito na Universidade de Taubaté, o ensino médio foi “complicado” em termos de estrutura e conteúdo. “O que eu fiz foi aproveitar bastante os professores quando tinha dúvida, mas eu basicamente estudava em casa mesmo. Estou me preparando desde o segundo ano”, explica.

O estudante conta que usou muito a internet durante seus estudos em casa, além de ler muito as publicações do GUIA DO ESTUDANTE, principalmente, o guia de atualidades. Na internet, aproveitou bastante a programação do Academia GE, os hangouts do GUIA, que diz ter participado de todos. “Li a última edição inteira do Atualidades, que tinha uma matéria só sobre feminicídio. Quando vi o tema da redação, fiquei muito feliz porque já tinha vários argumentos na cabeça sobre aquele assunto”, diz. O tema da redação do último ano foi “A persistência da violência contra a mulher no Brasil”, sob o qual Rone garantiu 960 pontos.

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A rotina de Nathalia foi, em vários aspectos, bastante similar à de Rone: além das horas passadas na escola pela manhã, estudava o restante do dia em casa. A estudante conta que também usava as apostilas do GUIA, além de assistir a videoaulas online e fazer provas antigas do Enem. Ela ressalta que foi o ano mais difícil de sua vida: “O mais complicado de estudar sem o auxílio dos professores é que algumas disciplinas, como as de exatas, exigem muito mais do que só ler a teoria pra compreender, e sozinha tudo fica bem mais difícil”, conta. “Ser vestibulando é viver entre a pressão e o sonho de ser aprovado.”

Nathalia Nascimento, caloura de Farmácia na UFMG (foto: arquivo pessoal)

A estudante e seus colegas também tiveram a ideia de montar um grupo de estudos de literatura na biblioteca da escola. “Nós tirávamos dúvidas uns dos outros, comentávamos sobre livros clássicos brasileiros e desenvolvíamos estratégias para ir bem nas provas. Esse apoio que cada um dava me ajudou muito a evoluir”, diz.

Rotina puxada

Em casa, cada um manteve uma rotina bastante estrita de estudos. “É difícil cumprir todo o estudo programado do dia sem procrastinar, por conta de todas as distrações ao redor”, explica Nathalia. Mas, ainda assim, ela manejava o estudo de três disciplinas por dia, dividindo por área do conhecimento, em sete horas em casa. “Deixava uma hora para ler teoria, uma para assistir videoaulas na internet e uma ao fim do dia para revisar. O restante ficava por conta de resolver exercícios”, conta.

Busca de Cursos

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O foco de Rone foram os estudos para a redação e atualidades, e também para solucionar sua dificuldade em exatas: leu muitas notícias, assistiu vários dos filmes complementares indicados e aumentou o tempo dedicado a matemática e física. “Minha pontuação no Enem 2014, que fiz como treineiro, foi de 16 pontos na prova de matemática. Corri atrás de superar essa defasagem e consegui subir meus acertos em 9 pontos em 2015”, conta.

Para garantir o sucesso no Enem, os dois investiram em peso na redação. “Fazia dois textos por semana, um na terça-feira e outro no sábado, e aí pedia para a minha professora de português corrigir”, conta Nathalia. Já Rone, além de treinar o texto em si, procurava estudar os temas pedidos para acrescentar mais ideias no seu repertório. “Quando via um tema novo, já saía procurando notícias e acontecimentos que tivessem a ver com ele para saber argumentar na hora de escrever. Foi um treino que fiz durante o ano”, explica.

E tanto esforço não foi em vão: Rone, já aprovado em História, ainda aguarda o resultado da segunda chamada para Direito, também na USP. E Nathalia, além da aprovação em Farmácia na UFMG, conseguiu 100% da bolsa de estudos pelo ProUni no curso de Odontologia, no Centro Universitário Newton Paiva. Para ela, toda a dedicação valeu a pena. “É claro que, sem cursinho, vai ser mais difícil conquistar a aprovação, mas é uma questão de superação de medos e limites. Vale a pena se restringir de algumas coisas durante o ano de vestibular para alcançar o futuro que tanto almejamos.”

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